O mundo de hoje é mais caótico que antigamente?
Todos nós já ouvimos falar que o mundo está ficando cada vez mais individualista e caótico, que estamos cada vez mais egoístas, e que em decorrência disso estamos tendo a maior "epidemia" de transtornos mentais jamais vista em outros períodos. As estatísticas da depressão aumentam a cada ano. No Brasil por exemplo, estima-se que 10% da população sofra de depressão. Vamos analisar cautelosamente essas afirmações, e ver se são verdadeiras. Para isto, usarei um conceito particular do que é saúde mental, o conceito de Individuação, que explicarei melhor mais adiante, e foi proposto pelo autor que já venho trabalhando em outros textos, C.G. Jung. Sendo individuação o conceito de saúde que usaremos nesse texto, o conceito de individualismo será usado exatamente na direção contrária da individuação, será tratado como fator adoecedor. E para falar de individualismo, trarei três autores, que em minha opinião conseguiram captar bem o rumo da humanidade na contemporaneidade: Zygmunt Bauman, Jiddu Krishnamurti e Leandro Karnal ( brilhante historiador brasileiro).
Qual a diferença entre Individuação e individualismo?
O conceito junguiano de Individuação se diferencia radicalmente do individualismo, uma vez que a individuação é um processo que conduz a pessoa a se tornar singular, e o individualismo conduz a pessoa a se tornar egoísta. Que é ser singular? É se diferenciar da massa, é encontrar seu caminho pessoal, sua essência, independente do que as pessoas esperam de você, independente do que o mercado espera de você, independente do que seus pais esperam/esperavam de você. Individuação é aproximadamente o que Carl Rogers chamaria de tornar-se pessoa. É responder a pergunta básica de J.Lacan: " Che vuoi?" ( O que você quer?) O que você quer de verdade?
"Nascemos originais e morremos copias" (C.G Jung). Nessa frase marcante, Jung coloca a individuação como uma tarefa que a humanidade não tem conseguido levar a cabo. Continuamos morrendo cópias, todos os dias. Seguimos o programa social que já estava determinado para nós, e esquecemos de olhar o que realmente é importante para nossa alma.
O individualismo tem contribuído para que continuemos evitando a individuação. O individualismo é precisamente o que tem impedido a individuação, ele é o operador da mesmice, e para explicar isso, é preciso entender como funcionam os relacionamento no mundo de hoje. E quem tem falado sobre isso é o sociólogo Zygmunt Bauman, que vê as relações humanas cada vez mais descartáveis e líquidas. Bauman cita as “Amizades de Facebook”, que podem ser facilmente iniciadas e facilmente encerradas.
Para manejar essas amizades, basta escolher conectar, e quando se quiser
encerra-las basta escolher desconectar, lidar com essas relações não
requer um compromisso duradouro. Na verdade, nem sequer há uma relação afetiva nesses casos, há apenas uma relação de troca momentânea (busca-se sexo, negócios, informação, auto-afirmação). Estamos cada vez mais distantes do outro. E o pior, distantes do outro que está bem ao nosso lado. Para o historiador Leandro Karnal, o individualismo de hoje beira ao autismo. E para demonstrar isso de forma bem humorada ele propõe um "experimento" do dia-a-dia. Ele diz que se qualquer um de nós chegar em casa a noite após o trabalho e disser à alguém: "estou cansado", na maioria dos casos irá ouvir: " Eu também". Ninguém irá perguntar porque você está cansado. Aliás, nossos diálogos tem sido muito assim. Cada um falando de si. Uma mulher chega e diz: " Meu filho está fazendo direito", ao que sua amiga responde: "O meu está fazendo Medicina". A noção de que existe um outro está se perdendo. Isso porque estamos demasiadamente engajados em "nossos projetos de vida". O que dificilmente nos damos conta é que esses projetos de vida não são nossos... são programas que determinaram para nós, e inclusive nos fizeram deseja-lo, como um jovem cujo objetivo único é ter um alto cargo numa empresa, mas prefere não lembrar da insônia que isso pode causar. É nesse sentido que o educador indiano Krishnamurti dizia que a mente humana está abarrotada do Vir-a-ser. Estamos sempre tentando vir a ser algo diferente do que somos, sempre querendo alcançar uma posição maior e mais privilegiada na sociedade. Quando todos desejam as mesmas coisas, podemos suspeitar da singularidade desses desejos. Quando um adolescente sonha em ir pra Disney, é bem provável que esse sonho "foi colocado" lá em sua mente por alguém, provavelmente não é um sonho original. E a prova disso é que quando alcançamos o momento tão sonhado, estamos mais preocupados em tirar fotos para postar no Facebook do que em aproveitar o momento.
Voltemos a hipótese central desse texto, a de que o individualismo tem bloqueado o processo de individuação e singularização. vamos examinar isto. Vimos dois fatores que apoiam essa hipótese:
1 - As relações líquidas
Primeiro fator, o fato de as relações estarem mais líquidas no mundo individualista, é extremamente danoso para a individuação, pois esta depende de relacionamentos profundos. Uma das melhores maneiras de conhecer a si mesmo, é através do espelho da relação com o outro.
2 - Os programas de vida "prato-feito" aos quais estamos sendo condicionados.
Esse segundo fator é bastante óbvio. Estamos tão bitolados em cumprir os nossos objetivos na carreira e na vida social, que nos afastamos totalmente da meta da alma, a individuação. Chamo esses programas de vida de prato-feito, porque apesar de termos a impressão de que eles são bastantes pessoais, eles são iguais aos das outras pessoas.
Conclusão: Como quebrar essa corrente?
Essa é uma pergunta que cada um responde por si, cada um traz as soluções que lhe são possíveis. Não existe uma fórmula, mas se estamos realmente convencidos das mazelas do individualismo, achar-se-a uma maneira. Ou, se não estamos convencidos disso, podemos continuar com ele. Os textos onde compartilho meus pensamentos com o leitor são apenas hipóteses, esboços, não há nada conclusivo, nem mesmo o parágrafo de conclusão. Contudo, se me permite sugerir um bom lugar para começar a quebrar essa corrente, pode-se começar pela escuta, ouvir o outro. É um bom começo.
Apesar de todas as calamidades demonstradas, em todo esse texto não há evidencia de que o mundo está mais caótico do que antigamente. Criamos problemas para o mundo, mas também conseguimos resolver alguns dos problemas de antigamente. É hora de colocar os ganhos e perdas na balança para avaliar o mundo que nos cerca.
Opa, ótimo texto pra continuar a discussão anterior!
ReplyDeletePensei em algo que talvez faça sentido pra resolver a questão do hoje vs antigamente. E se antigamente nós ainda não tivéssemos pensado nessas questões, pelo menos não de forma universal/cultural como o fazemos hoje? Digo, hoje continua sendo normal você seguir o caminho que a sociedade empurrou para você, mas já existem correntes de pensamento que falam sobre buscar seu próprio caminho, a individuação.
Talvez nossa evolução tenha sido uma de conhecimento, mas não ainda de sabedoria. Já sabemos mais ou menos o que acontece, só não sabemos aplicar as soluções, ou pelo menos não plenamente (Até fazendo um link com o texto do André hehe).
Ex: antigamente, era medieval, a pessoa nascia plebéia e sabia que morreria plebéia e aceitava que esse era seu destino (Isso ocorreu no mundo oriental no mesmo período também). Depois, nos períodos renascentistas e iluministas, pregou-se muito o "trilhar seu próprio caminho", e até dessas origens nasceu o capitalismo, sistema socioeconômico com maior possibilidade de mudança de estrato social dos indivíduos. Mas continua-se "recomendando" fortemente a cada indivíduo que caminho ele deve trilhar, por mais que, nesse período atual da história, a quantidade de caminhos facilmente alcançáveis seja imensa! As possibilidade de vida são infinitas, e essa é a "evolução" da sociedade humana atual. No entanto, de que adianta existirem infinitos caminhos, se continuamos trilhando os mesmos de sempre? Nascemos originais e morremos cópias...
Só viagem aqui viu, nem parei pra ler o que escrevi HSUAHUSHAUHSUA
Sua hipótese parece bem plausível xD
DeletePode ser exatamente isso que torna o mundo de hoje tão perigoso para a mente. É ter mais conhecimento, mais questionamento, mas não tomar nenhuma atitude a respeito ( conhecimento sem sabedoria 8D ).
Por exemplo, as pessoas de antigamente tinham certezas quase absolutas, defendiam causas do início ao fim, já nós, de forma geral colocamos mais dúvidas, relativizamos mais, fazemos menos. Penso até que essa fase de certezas absolutas da humanidade caiu após o caos das duas guerras mundiais, onde o ser humano parou e pensou: " Se defender minha cultura até o extremo levou a isto, então talvez, eu tenha me equivocado."
Em "O mal-estar na civilização" (1930) Freud coloca a civilização como o lugar onde o indivíduo inevitavelmente irá sentir algum grau de desconforto, já que, para estar na civilização ele precisaria dosar seus instintos. Na visão dele, o máximo que podemos fazer é buscar uma sociedade mais justa, onde dentro da Lei, pudéssemos buscar o prazer, e evitar o sofrimento ( tarefa essa impossível de ser realizada com 100% de sucesso). Será que Freud está certo em afirmar que o mal-estar psíquico é praticamente intrínseco a civilização?
Pq seria intrínseco? Digo, dentro desse achismo de Freud (Me recuso a chamar de teoria SHUAHUSAHUHSUAHUSA) alguns exemplos são deixados de lado (É como o cisne branco, ele vê 1000 cisnes brancos e acredita que todos os cisnes sejam brancos), como na maior parte dos achismos dele.
ReplyDeleteMas dentro desse achismo, mesmo assim seria impossível afirmar que o mal-estar é intrínseco à civilização. E conforme as técnicas estão evoluindo (tecnologia) me parece cada vez mais que chegamos próximos do nível onde a tecnologia irá satisfazer nossos desejos e prazeres sem que tenhamos que infringir a liberdade dos outros.
ex: numa realidade virtual-real (tipo SAO) seria possível que alguém como Dexter se realizasse sem precisar sentir o desconforto de ter que se adaptar as regras da sociedade que buscam uma harmonia entre os desejos dos indivíduos, entende? Mas não tenho certeza também. Só não consigo acreditar que existe um mal-estar intrínseco da civilização só por que vimos muitas civilizações em que isso parecia ser real.
Sobre as certezas absolutas, creio que você tenha um pouco de razão. Só que não é a primeira vez na história que isso acontece: durante o renascimento, também pregou-se muito o questionar, e pouco a certeza absoluta. E isso também levou a uma sociedade confusa, porém com grande evolução técnica, científica e artística. Houve um novo ciclo de certezas absolutas, mais fraco desta vez, que acabou junto com as guerras mundiais (A meu ver pelo menos). E talvez nós já estejamos chegando ao fim desse ciclo... Extremistas religiosos são cada vez mais comuns, bem como extremistas de partidos, times, modelos socioeconômicos...
Sim, Freud fez seu estudo a partir de neuróticos obsessivos graves e histéricas, é natural que ele acreditasse haver um mal-estar intrínseco. Mas isso parece ter certo sentido, pelo menos, em nossa cultura, e até hoje, pelo fato que você mencionou que explicarei a seguir: A relação com as outras pessoas, cada qual tentando realizar seus desejos e prazeres é em si causadora de sofrimento. Seria um sofrimento físico, se não fosse o fato de a cultura aparecer para regular isso e reverter para sofrimento psíquico. O sofrimento das proibições. Mas ai me pergunto, quais desses prazeres "obscuros" são naturais, e quais são consequência da própria deturpação da cultura? Fora isto, é claro que Freud sendo pessoa antiga, não previu os impactos da tecnologia. Se ele estivesse ai provavelmente teria já mudado mais da metade do que ele escreveu, como aliás, fizeram os psicanalistas contemporâneos. Mas voltando a tecnologia... qual será a relação entre o real e o virtual? Numa realidade-virtual do tipo SAO onde o corpo sente perfeitamente os estímulos virtuais como se fossem reais, haveria uma ruptura completa entre o homem e a máquina. De fato, não dependemos de "estímulos reais" no mundo externo para que o cérebro libere as substâncias do prazer, e as drogas já provam isso a milênios. Mas assim como as drogas tem consequências, é possível prever as consequências dessa tecnologia toda?
ReplyDeleteSobre as certezas absolutas, adorei sua descrição. Também notei que estão aparecendo extremistas de todo tipo agora. Mas permita-me trazer uma coisa que não tenho certeza. Me parece que os extremistas de hoje estão mais na onda do individualismo do que no passado. Os do passado eram na pegada dos "homens-bomba" muçulmanos de hoje. Já os extremistas que comumente vemos hoje que defendem certos ideais, times, partidos, modelos, religião parecem muito mais estar defendendo sua identidade pessoal. Eles não "morreriam pela nação" se é que me entende... Eles não são servos. Não possuem certezas que os conformam ( como era o caso da fé cristã na Idade Média). Os de hoje possuem certezas que os fazem individualmente querer tomar a frente. Eles se acham revolucionários. Querem liderar a revolução.
"O pesadelo de uns é o sonho prazeroso de outros" ( é apenas um acréscimo ao meu comentário de cima, sou bem desorganizado pra escrever :P)
Delete"Sweet dreams are made of these / Who am i to disagree / Travel the world and the seven seas / Everybody is looking for something / Some of them want to use you / Some of them want to get used by you / Some of them want to abuse you / Some of them want to be abused"
DeleteSempre soube que Marylin Manson era fã de freud HSUAHUSHAUHSUAHUS
hahaha Sempre curti essa musica, mas não tinha parado pra prestar atenção na Letra. bem Freudiana mesmo kkk
DeleteSo que prefiro a versão de Eurythmics, é bem mais agradável de ouvir :P
Sobre Freud, é claro que vc tem razão, afinal ele muda de ideia 3 vezes dentro do mesmo livro, quanto mais através das décadas XD E sim, concordo que em nossa cultura faz sentido, e que se aplica a muitos casos. Só não acredito que seja um absoluto entende? A questão do mal-estar intrínseco à civilização. É provável que seja intrínseco ao NOSSO modelo ocidental de civilização moderna, nisso ele tinha razão. Só curto ser implicante mesmo :p
ReplyDeleteSobre a tecnologia acho que vc tem razão também. Não temos como prever que tipo de efeitos colaterais, especialmente psíquicos, poderiam aparecer resultantes do uso extremo de tecnologias desse tipo. Alguns deles são até abordados em ficções de hoje em dia (SAO mesmo a segunda temporada fala muito disso, na "reabilitação" na vida real etc), mas os efeitos reais são impossíveis de prever. Portanto, não devemos acreditar que seja uma "fórmula mágica" para permitir que os desejos dos indivíduos sejam satisfeitos sem infringir as regras da sociedade, pois ainda não sabemos quais contra-indicações essa fórmula terá.
Sobre a certeza absoluta: Até faz um pouco de sentido o que vc diz, mas é muito "parece", e muito de uma percepção sua, acredito eu, baseada na sua experiência com pessoas que tem atitudes como essa. Mas acredito que existam certos grupos que são mais "puros" no extremismo, como o próprio MST no Brasil, o socialismo em alguns países, etc. Puro no sentido que vc colocou claro, de não querer um individualismo, ser líder de revolução, e sim se integrar num grupo cujas ideias compartilhe de forma absoluta. Mas acho que faz sentido hoje em dia termos mais pretensos líderes de revolução dentro dos extremistas sim. Talvez isso seja até um resultado da "evolução" da sociedade e do individualismo.
hahaha Chegamos num consenso então sobre isso. O mal-estar é intrínseco a civilização que vivemos (não que seja para todas). Agora bora colocar um pouco da teoria de Jung nisso. Jung disse que o individualizado, aquele que passou pela individuação, é um desertor da civilização. Daí ele diz que esse individuo precisa pagar o preço de sua individuação à sociedade, pois ele fica em débito com ela por te-la abandonado. E esse pagamento, o individualizado faz através da produção de valores substitutivos para a civilização, valores que preenchem na cultura a ausência deixada por aquele indivíduo. Gandhi produziu valores, Che produziu, Osho produziu, todos os autênticos produziram. "A individuação sem produção de valores é suicídio" (Jung)... Esse acréscimo de Jung muda tudo, não é mesmo? Porque o mal-estar passa a ser intrínseco apenas à aqueles que se deixam moldar pela cultura.
DeleteMassa, esse comentário. Além do Sao, me lembrei também de outra ficções, como "A origem" que os tiozões ficavam usando uma droga lá pra ficarem mais tempo no mundo dos sonhos. Vou dar um palpite sobre um desses efeitos colaterais possiveis.Acredito que independente de o futuro virar totalmente tecnológico, o Real sempre irá assombrar o individuo. Ex: O psicótico pensa que está vivendo no mundo dele, e que seus delírios são realidade, mas o Real está sempre lhe cutucando, lhe assombrando. O mesmo eu diria que vale, para as pessoas que viverem exclusivamente o mundo virtual. Chegará o ponto que elas confundirão o Virtual com realidade, mas o Real sempre estará lá, intocável.
Você tem razão. Estou falando muito do meu círculo mais próximo de pessoas. Não estava pensando no MST. E aliás, os próprios homens-bomba. Sobre hoje em dia estar tendo mais pretensos líderes, no organograma das empresas isso fica claro. É como dizem... "Muito cacique pra pouco índio" Temos 1 supervisor pra 2 funcionários básicos às vezes. Estranho! Eu esperava 1 supervisor pra 6 no minimo.
Hmm não conhecia essa teoria do Jung do indivíduo ter que produzir valores para se individuar... Mas não entendi direito, pq seria suicídio não produzi-los? Quais seriam os efeitos reais no indivíduo caso ele não produzisse esses valores?
ReplyDeleteSobre o real: concordo com você na maior parte do tempo. Mas penso que talvez esse incômodo da cutucada do real deixe, aos poucos, de fazer tanta diferença para o indivíduo quando ele começar a realizar-se no virtual mais plenamente. Mas é só um palpite hehe
Sobre as empresas, sim, é verdade. Hoje em dia existem trocentos cargos diferentes em todas as empresas que dão alguma autoridade para as pessoas (mas que na verdade não dão autonomia nenhuma então é mera ilusão) e isso parece-me um truque de marketing para manter talentos num mercado competitivo com alta rotatividade. E, claro, a base disso é justamente agradar as pessoas que tem esse tipo de atitude (líder da própria revolução) e aqueles que se sentem satisfeitos em pensarem ter algum poder.
Como exemplo tem o livro/filme " Na natureza selvagem", no final do filme o que MaCandless diz é: "A felicidade só é felicidade quando compartilhada". Isso fala um pouco dá necessidade de produzir valores. O individualizado precisa compartilhar algo com a sociedade, algo que possa servir para aprimorar a sociedade....... Não é que o cara se individualiza e depois tenha que produzir valores, na verdade, cada passo em direção da individualização envolve a produção de valores. Cada degrau exige uma nova "expiação".
DeleteSeria suicídio não produzi-los... porque o melhor exemplo que temos de tentativa de individualizar sem a produção de valores úteis para a sociedade é a esquizofrenia, estado em que a pessoa praticamente não fala mais na mesma "linguagem" que a sociedade. O esquizofrênico rompeu com a cultura sem pagar o preço da individuação, e teve seu Ego dissolvido em múltiplas personalidades. Os esquizofrênico e os psicóticos em geral sofrem muito por que a realidade deles não é compartilhada com a de ninguém.
Po, vale a pena investigar isso. De se realizar totalmente no virtual. Infelizmente não saco muito disso, porque não jogo Lol kkk mas se você ta falando acredito.
hmmm.. marketing..mera ilusão, gostei! Não tinha pensado por esse ângulo. Pode explicar melhor essa parte: "existem trocentos cargos diferentes em todas as empresas que dão alguma autoridade para as pessoas (mas que na verdade não dão autonomia nenhuma)?"
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